Asteroid City
Título Original: Asteroid City
Os fãs de Wes Anderson, ou pessoas que apreciem o seu estilo cinematográfico, vão encontrar em Asteroid City (2023) algum proveito. Embora seja um apreciador de Wes Anderson, considero o seu último filme um pouco acima de medíocre. Apesar de um visual deslumbrante e uma edição impressionante, qualidades típicas de Wes, aliadas aos fortes desempenhos de Scarlett Johansson e Jason Schwartzman, o filme deixa algo a desejar em termos de desenvolvimento de personagens e história, tornando-se demasiado meta por vezes. No entanto, para os que têm curiosidade em ver Wes experimentar um pouco com o seu estilo característico, ou ser imersos num cenário diferente, Asteroid City (2023) pode valer a pena.
Um dos pontos fortes incontestáveis do filme é o seu apelo visual. A atenção meticulosa de Wes à cenografia, palete de cores e vestuário brilha mais uma vez, resultando num mundo visualmente deslumbrante e esteticamente agradável. A edição também é irrepreensível, melhorando a experiência geral de visualização. Para além disto, Scarlett Johansson e Jason Schwartzman têm desempenhos excecionais, proporcionado profundidade e empatia às suas respetivas personagens, apesar das oportunidades de desenvolvimento das mesmas.
Contudo, os efeitos visuais deslumbrantes de Asteroid City (2023) não são suficientes para carregar os temas confusos e alegóricos que Wes Anderson explora. Apesar da sua relativa curta duração, perfazendo 105 minutos, o filme aparenta ser maior do que é, talvez porque durante uma parte considerável do filme estava aborrecido.
A história é inexistente, focando-se totalmente nas personagens. Este foco não é errado, e aprecio de igual modo, contudo, devido ao numeroso elenco, que combina os típicos atores e atrizes com novas adições, o desenvolvimento das personagens é praticamente nulo, o que acaba por deteriorar o filme, visto que não há tempo de ecrã para tantas personagens, com exceção das interpretadas por Scarlett Johansson e Jason Schwartzman, que são as principais e acabam por ser alvo de um foco maior, especialmente este último. Aliás, após uma análise mais detalhada onde se comparam os paralelismos entre as duas personagens que Jason Schwartzman interpreta, é possível notar que este se está a tornar numa só personagem, ambas com um conflito similar. A “solução” deste conflito, ou melhor, o que ambas as personagens devem fazer, encontra-se na própria peça de teatro, curiosamente numa cena cortada no universo onde o filme se passa. Uma cena chave, já quase no final do filme, liga as temáticas exploradas por Jason Schwartzman. Até ao momento dessa cena, o filme parece perdido, com as várias cenas a parecerem desunidas durante quase a totalidade do filme todo. Numa análise retrospetiva, os temas parecem fáceis de identificar, embora o filme apresente alguns destes de forma confusa.
Apesar de apresentar alguns elementos fortes, Asteroid City (2023) é um filme que acaba por parecer repetitivo no que diz respeito à dinâmica das personagens. Embora possa valer a pena ver para os fãs de Wes Anderson, o filme não consegue impressionar no geral.
Apesar de possuir alguns elementos fortes, Asteroid City (2023) fica aquém em termos de história e desenvolvimento de personagens, demorando demasiado tempo com meta-comentários. Para quem aprecia o estilo distinto de Wes e está disposto a ignorar as falhas do filme, "Asteroid City" continua a ser uma experiência intrigante dentro da filmografia de Wes e oferece uma experiência divertida e extravagante. No entanto, para aqueles que não são fãs do trabalho de Wes ou procuram uma narrativa mais tradicional, este filme pode não ser a melhor introdução ao seu portfólio cinematográfico.
Um dos pontos fortes incontestáveis do filme é o seu apelo visual. A atenção meticulosa de Wes à cenografia, palete de cores e vestuário brilha mais uma vez, resultando num mundo visualmente deslumbrante e esteticamente agradável. A edição também é irrepreensível, melhorando a experiência geral de visualização. Para além disto, Scarlett Johansson e Jason Schwartzman têm desempenhos excecionais, proporcionado profundidade e empatia às suas respetivas personagens, apesar das oportunidades de desenvolvimento das mesmas.
Contudo, os efeitos visuais deslumbrantes de Asteroid City (2023) não são suficientes para carregar os temas confusos e alegóricos que Wes Anderson explora. Apesar da sua relativa curta duração, perfazendo 105 minutos, o filme aparenta ser maior do que é, talvez porque durante uma parte considerável do filme estava aborrecido.
A história é inexistente, focando-se totalmente nas personagens. Este foco não é errado, e aprecio de igual modo, contudo, devido ao numeroso elenco, que combina os típicos atores e atrizes com novas adições, o desenvolvimento das personagens é praticamente nulo, o que acaba por deteriorar o filme, visto que não há tempo de ecrã para tantas personagens, com exceção das interpretadas por Scarlett Johansson e Jason Schwartzman, que são as principais e acabam por ser alvo de um foco maior, especialmente este último. Aliás, após uma análise mais detalhada onde se comparam os paralelismos entre as duas personagens que Jason Schwartzman interpreta, é possível notar que este se está a tornar numa só personagem, ambas com um conflito similar. A “solução” deste conflito, ou melhor, o que ambas as personagens devem fazer, encontra-se na própria peça de teatro, curiosamente numa cena cortada no universo onde o filme se passa. Uma cena chave, já quase no final do filme, liga as temáticas exploradas por Jason Schwartzman. Até ao momento dessa cena, o filme parece perdido, com as várias cenas a parecerem desunidas durante quase a totalidade do filme todo. Numa análise retrospetiva, os temas parecem fáceis de identificar, embora o filme apresente alguns destes de forma confusa.
Apesar de apresentar alguns elementos fortes, Asteroid City (2023) é um filme que acaba por parecer repetitivo no que diz respeito à dinâmica das personagens. Embora possa valer a pena ver para os fãs de Wes Anderson, o filme não consegue impressionar no geral.
Apesar de possuir alguns elementos fortes, Asteroid City (2023) fica aquém em termos de história e desenvolvimento de personagens, demorando demasiado tempo com meta-comentários. Para quem aprecia o estilo distinto de Wes e está disposto a ignorar as falhas do filme, "Asteroid City" continua a ser uma experiência intrigante dentro da filmografia de Wes e oferece uma experiência divertida e extravagante. No entanto, para aqueles que não são fãs do trabalho de Wes ou procuram uma narrativa mais tradicional, este filme pode não ser a melhor introdução ao seu portfólio cinematográfico.
lordedopao1 ano atras
Título original: Asteroid City
Estreia em Portugal: 2023-06-08
Sinopse: Uma cidade fictícia em pleno deserto americano, por volta de 1955. Uma convenção de jovens aspirantes a astrónomos, organizada com o objetivo de juntar estudantes e pais numa competição com oferta de bolsas de estudo, é perturbada por acontecimentos que mudarão o mundo.
Género: Comédia, Drama
Distribuidor: American Empirical Pictures, Indian Paintbrush
Duração: 105 minutos